Esporte a longo prazo
A Grã-Bretanha está em êxtase por conta do bom desempenho de sua equipe olÃmpica. Mas até mesmo aqui, e bem no ano em que o paÃs sedia os Jogos OlÃmpicos, o estÃmulo ao esporte entre as crianças enfrenta obstáculos.
Reportagem de ontem do jornal Guardian aponta que, após anos de crescimento da prática esportiva em escolas britânicas, os cortes de fundos estão reduzindo a oferta de esportes entre as crianças.
"Não conseguimos prover técnicos de qualidade nos esportes que não têm tanto apelo", disse um diretor escolar ao Guardian. "Não teremos dinheiro para um técnico de atletismo em tempo integral, por exemplo."
Outro professor disse que os esportes que envolvem estruturas mais caras, como canoagem e natação, foram os que mais sofreram com os cortes nas escolas. "Para levar uma classe de crianças para nadar, precisamos de dois funcionários. E não temos piscina, então ou a escola ou os estudantes têm que pagar (para entrar em uma)."
Nesta sexta, o premiê David Cameron disse que está estudando formas de melhorar o acesso aos esportes nas escolas, mas criticou uma norma do governo anterior - e derrubada por ele - que estabelecia metas de ao menos 2 horas por semana de esporte para os estudantes.
"As duas horas de meta eram cumpridas com coisas como aula de dança indiana. Nada contra a dança indiana, mas isso não é esporte. Acho que precisamos fazer mais com os clubes esportivos, que de fato proveem esportes competitivos nas escolas", afirmou o premiê.
E jogou a responsabilidade para as escolas e a sociedade. "Além de instalações e dinheiro, o que realmente precisamos é uma mudança na cultura das escolas e da sociedade, de que o esporte é bom, o esporte competitivo é bom, as disputas escolares são boas."