Ronaldo e a Palestina
Há exatos quatro anos, Ronaldo dizia em Ramallah, capital da Cisjordânia, que 'esperava um dia voltar em missão de paz' e prometia 'falar sobre os palestinos', quando retornasse ao seu paÃs natal.
Na época, ele esteve na cidade como representante da ONU. E atraiu uma multidão quase incontrolável de jovens fãs que mal podiam acreditar que um astro daquele quilate e do esporte mais popular estivesse visitando a empobrecida cidade deles.
Em retribuição, batizaram um centro da juventude com seu nome.
Quando estive lá, em 2008, me disseram que o momento mais emocionante foi quando Ronaldo levantou a bandeira palestina, o que para eles representou o reconhecimento do direito de viver como povo independente. Coisa que outros visitantes, inclusive futebolistas brasileiros, frequentemente se recusavam a fazer.
Nesta segunda, dia em que o governo brasileiro anunciou que pretende mesmo levar Corinthians e Flamengo para jogar na Cisjordânia ainda esse ano, conversei com um representante da Autoridade Palestina (AP), que me confirmou que a partida, ainda sem data, deve acontecer no único estádio da região que atende aos padrões exigidos pela FIFA para a realização de jogos internacionais, o Faisal Al-Husein, ao leste de Jerusalém.
Minha fonte na AP disse que o estádio se encontra na região mais segura possÃvel dentro do território. Disse também, rindo, que não devem ser permitidas salvas de tiros para se comemorar os momentos de maior animação. Mais importante, me falou que as pessoas de lá realmente acreditam que esse tipo de (esperamos) amistoso ajuda a melhorar a vida da população.
Me disse que, embora os times europeus sejam os mais conhecidos, a admiração que existe pelos jogadores brasileiros é bem maior.
E que um campo de refugiados em Gaza se chama, extra-oficialmente, Brasil.
E você, o que acha disso tudo?
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Eu sinto um misto de felicidade e tristeza ao ver que as pessoas na palestina se agarraram com desespero a qualquer sinal de reconhecimento na vida deles.
Enquanto isso nós do Brasil so fazemos reclamar e de barriga cheia se comparamos com lugares como Palestina.
Espero que um dia a Palestia não precise mais de confirmacão de atletas/celebridades/polÃticos para ser livre.
Eu acho que os palestinos já sofrem o suficiente pra serem poupados deste flagelo que é assistir um jogo do Curintcha.
Esta notÃcia me deixa feliz. E está certo o governo brasileiro de tomar essa iniciativa. Se somos conhecidos no mundo pelo nosso futebol, então o Estado brasileiro deve se beneficiar disso.
Após a partida da seleção brasileira no haiti, parece que a violência diminuiu por lá. Provavelmete a visita do Corinthian e do Flamengo contribuiram para melhoria do astral dos palestinos.
Está de parabéns o governo brasileiro.
Eu ficaria orgulhosa se um paÃs que ama a paz como os paÃses escandinavos batizassem um local com o nome do Brasil, não um campo de refugiados em Gaza. Não vejo motivo algum de orgulho e ademais ser conhecido atraves de jogadores de futebol não tem a minima importancia.
Mas que mau humor, Teodora!
Concordo com o Rodrigo:
"Mas que mau humor, Teodora!"
Os Escandinavos, nem devem saber onde fica o Brasil e se souberem nao faremos tanta diferenca para a rotina de vida deles.
Somos todos farinha do mesmo saco seja em Gaza ou na Escandinavia.
Boa partida, que o governo do Brasil tenha mais atitudes deste porte.
Teodora, pq vc não faz algo de diferente para ser reconhecida e pricipalmente para proporcionar alguns minutos de alegria as pessoas mais sofridas
Tudo bem, mas não levem as torcidas organizadas e, principalmente, não levem a Teodora.
Bem a pergunta que fica é quem sai ganhando o quê e quanto os times brasileiros vão levar com isso, já que até onde penso que sei os timecos que lá vão esão que nem minha pessoa financeiramente no vermelho.
Para o povo da Cisjordânia vai ter um espetáculo a parte e com certeza motivador para eles, e isto é bom.
Afinal, nem tudo é guerra, há os momentos de paz.
´¡²ú°ù²¹Ã§´Ç²õ.
Acho a iniciativa muito valida. Cada um ajuda da maneira que pode, é isso que importa. Quanto a Teodora, ela precisa ter mais amor no coração e pensar que ela poderia estar naquela situação. É um pouco, mas que ja faz alguma diferença para quem tanto precisa de ajuda.
Aposto que se os jogadores tivessem imitado uma dança do Michael Jackson, ninguém estaria implicanto, muito pelo contrário, teriam elogiado.
Pensem nisso...