Florentino Pérez abre a carteira
Sempre que Florentino Pérez vai à ²õ compras o faz em grande estilo. Em quatro dias o novo presidente do Real Madrid esbanjou 160 milhões de euros comprando o que há de melhor no mercado. E diz que não vai parar por aÃ.
Por 67.5 milhões de euros comprou o melhor jogador do mundo de 2007 e por 93 milhões de euros levou para o Santiago Bernabéu o melhor do mundo de 2008.
Por mais sensacional que seja a compra de craques como Kaká e Cristiano Ronaldo parece ser coisa trivial para Pérez e sua turma.
Na última vez em que esteve no comando dos milhões do Real, Florentino comprou Zidane, Ronaldo e Luis Figo, todos vencedores do prêmio da Fifa de melhores jogadores do mundo.
Além desses, também pagou caro para tirar do Manchester United o dublê de craque e garoto-propaganda, David Beckham.
Agora, Florentino volta a por em prática o mesmo modelo de negócio.
Gasta alto com os craques e com eles reforça a marca Real Madrid e explora ao máximo as possibilidades financeiras do futebol como espetáculo, que atrai e fascina uma multidão de apaixonados que pagam caro por uma camisa dos Ãdolos.
Uma vez Pérez disse que o jogador mais barato que ele comprou tinha sido Zidane, se referindo à receita gerada para o Real pela presença do craque francês, que tinha superado o preço do passe. Para ele o valor aplicado na compra de estrelas de primeira grandeza não é dinheiro gasto é dinheiro investido.
As previsões de quem acompanha a economia do futebol são de que Cristiano Ronaldo e Kaká possam gerar 110 milhões de euros por temporada.
A edição de hoje do jornal britânico The Guardian traz uma declaração do diretor de futebol do Real Madrid, Jorge Valdano, que retrata bem esse estado de negócio em que se encontra o futebol europeu. Valdano diz que o clube compra os grandes jogadores porque eles se pagam.
Como ressalta o artigo, em nenhum momento Valdano cita a capacidade desses craques de fazer gols ou de ganhar partidas e tÃtulos para o clube.
Os próximos alvos de Florentino Pérez e sua turma são o atacante francês Franck Ribéry, atualmente no Bayern Munique e David Villa, do Valencia.
O Real ainda teria outros 160 milhões de euros reservados para gastar no esforço de marketing e no reforço da equipe.
Segundo números publicados recentemente na imprensa espanhola, o clube deve cerca de 800 milhões de dólares.
No último mandato de Florentino,o Real vendeu seu campo de treinamento por quase 1 bilhão de dólares para sanear as finanças.
Parece que os galáticos de Florentino Pérez não conseguiram fazer o clube dar lucro.
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Desde meados dos anos 90 que o mercado futebolÃstico vem sofrendo de uma hiperinflação no valor dos contratos e salários. Tal situação vem caminhando a passos largos rumo a um "Crash do Futebol Mundial". A UEFA vem tentando negociar, junto aos clubes, limites orçamentários, contratuais e salariais, mas enfrenta resistência de clubes como o Real Madrid e o Milan A.C. Outros esportes já sofreram do mesmo problema: na NBA, por exemplo, já houve greve (temporada 98/99) feita pelos clubes, visando estabelecer limites aos contratos. Naquela ocasião os clubes saÃram vencedores. No caso do futebol - europeu, diga-se de passagem - não há consenso e o "Crash" é iminente.