De olho na música
Como se não bastassem os problemas em campo e os estádios semi-vazios (ou meio cheios, dependendo do ponto de vista), a Copa das Confederações conseguiu despertar outro tipo de revolta nos sul-africanos, a abreviação do hino nacional.
"Foi um tapa na cara de nossa pluraridade cultural" disse o presidente da Afrikanerbond, influente organização de defesa da cultura Africaner, um dos diferentes grupos étnicos que compõem o país.
Tudo porque no jogo da estreia, domingo, foi tocada uma versão de 90 segundos do hino nacional, o que está de acordo com o protocolo da Fifa.
A letra é cantanda em cinco línguas, xhosa, zulu, sesotho, africâner e inglês, sendo que as partes referentes aos dois últimos idiomas foram cortadas.
Mesmo a Federação de Futebol Sul-Africana (em inglês, Safa) se diz preplexa com o ocorrido.
Morio Sanyane, porta-voz da organização, disse que antes da partida a entidade enviou uma versão integral da música.
"Não sei explicar o que aconteceu na hora", disse ele ao jornal local The Citzen.
O assunto vem gerando acalorados debates radiofônicos e muitos sul-africanos vêm se sentindo humilhados com o que dizem ser um desrespeito.
Tanto a Safa como muita gente na África do Sul vão estar atentos nesta quarta-feira, antes do jogo com a Nova Zelândia, para ver se os quase 4 minutos de música vão ser respeitados.
dzԳáDzDeixe seu comentário
também acho q deveriam tocar o hino completo, mas só tocam o inicio. 4 minutos é muito tempo, e o fato de ser dividido em varios idiomas pode causar problemas em um pais q sofreu muito com a segregação racial.
Sexo dos Anjos!
Um técnico que controla o som e ganha pouco não tem (teria) obrigação de saber sobre os detalhes étnos de um hino que tem dezenas de dialetos!
É o preço da redução de custos do mundo capitalista, talvez os líderes tribais que reclamam, devem ser lembrados dos aspectos do capitalismo...
Issa sempre foi o padrão da FIFA e creio que os organizadores estavam cientes disso. Não sei o motivo do espanto, se não sabiam que era assim, demonstrou desorganização ou mesmo despreparo em relação a praxe da FiFA.