A depressão americana. E neozelandeza.
Curiosa essa Copa das Confederações. A suposta democracia do regulamento, que alguns céticos criticam por ser meramente polÃtica, de permitir o ingresso de vencedores de todas as confederações continentais, vem gerando uma onda de depressão na torcida dos times com pior desempenho.
É como se EUA e Nova Zelândia, potenciais na vida e em outros esportes, percebessem que estão bem abaixo da linha da pobreza futebolÃstica.
Cresce na mÃdia neo-zelandeza a ideia de que o paÃs deveria abandonar a semi-amadora Oceania e seguir o exemplo autraliano, que desde 2006 é parte da Confederação Asiática. O argumento, bem-sucedido segundo os autralianos, é enfrentar uma competição melhor e consequentemente desenvolver o futebol de sua seleção.
Vozes vindas dos EUA seguem a mesma linha. Arguentam que rivais como Cuba e Jamaica não são exatamente testes duros o suficiente para desenvolver uma equipe que almeja bater as potências do esporte.
Outros já sentem saudade do espÃrito de luta demonstrado pela equipe de Lalas, na Copa de 94, que se mostrou um adversário digno do eventual campeão Brasil e pedem a cabeça do técnico Bob Bradley.
Se nota-se tristeza na parte da baixo da tabela, é perceptÃvel ainda a consolidação de uma classe média lutadora, ocupada pelos paÃses do Oriente Médio.
Não fosse pelo tolo pênalti cometido no último minuto do jogo contra o Brasil, o Egito começaria a partida desta noite contra os EUA em melhores condições de se classificar do que a Itália. Apesar de sua trepidante campanha nas eliminatórias, a organização tática e o espÃrito de luta dos campeões africanos estão sendo reconhecidos tanto nas ruas do Cairo como no exterior.
Por falar em espÃrito de luta, me lembrei de uma conversa que tive ano passado com o brasileiro Jorvan Vieira, então treinador iraquiano. Ele dizia que a equipe, finalmente depois de anos, voltou a treinar no paÃs e não mais em vizinhos.
Mesmo assim, por motivos de segurança, para qualquer deslocamento dentro da capital Bagdá, Jorvan usava um comboio composto por 8 carros blindados, além do dele. Três na frente, três atrás e um de cada lado do carro em que viajava. O técnico dizia ainda que quase todos os seus jogadores tinham perdido algum parente ou possuiam alguma história triste da guerra para contar.
Acredito que superar este tipo de dificuldades para jogar bola possa ser positivo. Os resultados em campo, pelo menos, mostram isso.
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Ótimo os comentários feitos por Rodrigo D. Coelho, só discordo quando se refere ao pênalti, onde diz textualmente: "Não fosse pelo tolo pênalti cometido no último minuto do jogo contra o Brasil, o Egito começaria a partida desta noite contra os EUA em melhores condições de se classificar do que a Itália".
Ora, se não fosse pelo tolo pênalti, teria sido simplesmente gol, claro e limpo! Ou seja terÃamos os mesmos 4X3!!
Portanto a situação egÃpcia seria a mesma de agora!
O esperto egÃpcio colocou o braço na bola, esperando que com o pênalti, pudesse o seu goleiro defender, vale a tentativa!! Justiça foi feita, e o pênalti bem aplicado e cobrado, convertido em gol, o que seria gol da mesma forma se o egÃpcio,o jogador de campo não tivesse dado uma de goleiro.
O articulista e o leitor Anderson C. Sachetim Garcia esquecem-se de um pormenor que faz todo o sentido: o Egipto x Brasil devia ficar num 3-3, pois o árbitro marcou canto (escanteio no Brasil) e o 4º arbitro viu o penalty, e bem, na televisão(!!!!), indo contra as regras da própria FIFA (organização mafiosa segundo Maradona).
Com um legal 3x3, este post seria, com certeza, diferente.