Aeroportos e suas polêmicas
Heathrow, que muitas vezes opera em sua capacidade máxima, enfeitado para receber turistas olÃmpicos em Londres (Foto: AP)
Aqui na Grã-Bretanha se discute há anos a possibilidade de construção de uma terceira pista no já saturado aeroporto londrino de Heathrow, o maior da Europa.
Quando opera em sua capacidade máxima, algo que acontece em boa parte do tempo, Heathrow registra 44 decolagens e 43 pousos por hora, segundo o jornal The Independent.
Nesta segunda-feira a discussão em torno do tema esquentou: a Aviation Foundation, um grupo que reúne aeroportos e empresas aéreas, veio a público pressionar o governo a liberar os planos de construção (abandonados em 2010) da tal terceira pista, criticar o que chamam de "crise de capacidade" aérea e pedir polÃticas duradouras para o setor.
Ao mesmo tempo, a secretária de Transportes, Justine Greening, deu uma entrevista ao jornal The Evening Standard dizendo que uma eventual terceira pista seria apenas um "remendo" insuficiente e dando indÃcios de que poderia apoiar a construção de um novo aeroporto, ainda em debate, nos arredores do rio Tâmisa.
Ao mesmo tempo, moradores da região de Heathrow temem o excesso de barulho e de tráfego com uma eventual nova pista, que traria anualmente 60 mil novos voos e 20 milhões de passageiros, segundo o Evening Standard.
Do seu lado, grupos ambientalistas dizem que é um "mito" a ideia de que a Grã-Bretanha precisa de mais pistas ou aeroportos para aquecer a economia e que eventuais expansões trarão poluição, danos às comunidades nos arredores e atrasos no combate às mudanças climáticas.
O debate tende a aumentar até julho, quando o governo deve publicar suas propostas para o setor aéreo e lançar consultas sobre a expansão aeroportuária.