Grande vilão da Copa é derrotado
O grande vilão da Copa do Mundo foi derrotado nesta terça-feira e fica fora da final do dia 11. Antes da Copa, poucos africanos sequer saberiam dizer onde fica o Uruguai. Três semanas depois, os africanos não querem nem ouvir falar o nome da nação sul-americana.
No começo da Copa, o pequeno país de 3 milhões de habitantes despertava pouco interesse. Era mais um dos 16 coadjuvantes que passariam duas semanas na África do Sul e voltariam para casa desapercebidos.
Na segunda rodada, o Uruguai conseguiu fazer algo que ninguém conseguiu: calou todas as vuvuzelas do país, na vitória por 3 a 0 sobre a África do Sul. Nos quase 30 dias de Copa do Mundo, aquela deve ter sido a noite mais quieta no país.
Para a sorte dos uruguaios, no entanto, a maior parte da raiva naquela partida foi canalizada no árbitro suíço Mássimo Busacca, que marcou um pênalti a favor do Uruguai, quando o atacante Suárez estava impedido no lance. Além disso, ele expulsou o goleiro sul-africano Khune.
O pênalti deu origem ao segundo gol uruguaio, que desestabilizou os sul-africanos e acabou praticamente eliminando os donos da casa da sua própria Copa do Mundo.
A eliminação de quase todos os africanos na primeira rodada fez com que todo o continente apoiasse Gana, na esperança de ver uma equipe do continente se dar bem no torneio. Engana-se quem pensa que só os africanos estavam torcendo por Gana.
Na medida em que outras seleções foram sendo eliminadas da Copa, a torcida de Gana foi ganhando apoiadores diversos - ingleses, franceses, italianos, etc.
Foi a vez de o Uruguai partir os corações africanos pela segunda vez, com o lance incrível de mão de Suárez e a já clássica sequência de cobranças de pênaltis. Desta vez, africanos e simpatizantes partiram com tudo que tinham contra os uruguaios - acusando-os de trapaça e falta de fair play.
Um jornal sul-africano chegou a cobrar em um editorial algumas mudanças "urgentes" da Fifa, dizendo que a Copa da África do Sul entraria para a história como o começo do fim do fair play.
O técnico uruguaio Oscar Tabárez precisou de muita paciência nas entrevistas coletivas desde então. E os jogadores precisaram se acostumar com o ódio de quase todos os torcedores da Copa. Desde sexta-feira passada, a equipe praticamente só contou com apoio da sua pequena torcida e de alguns argentinos, brasileiros e paraguaios que ainda não voltaram para casa.
Justiça seja feita, os uruguaios não fizeram nada de diferente do que qualquer outra seleção faria no seu lugar. Caberá agora aos torcedores do Uruguai preparar uma recepção calorosa para seus jogadores, que ainda não receberam o aplauso que merecem.
No sábado, dia 10, Uruguai disputa o terceiro lugar da Copa com o perdedor de Espanha x Alemanha. Com qualquer resultado, será a melhor colocação da Celeste Olímpica nos últimos 40 anos.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Parabéns Uruguai!
A seleção uruguaia foi a que melhor representou o Continente Americano neste mundial. Jogou com determinação e objetividade. O atacante Diego Forlan foi quem dominou com primazia a bola mais inovadora de todos os tempos. Esta seleção não só deve ser motivo de orgulho em seu país como para todo o Continente Americano.