As poucas opções de ataque da Inglaterra
A seleção brasileira passa hoje por um debate comum em vésperas de Copa do Mundo: quais atacantes devem ser levados? A julgar pelo histórico das convocações de Dunga, Luís Fabiano, Robinho e Nilmar dificilmente ficarão de fora da lista no ano que vem.
Se o Brasil levar quatro atacantes - dois titulares e dois reservas - quem seria o quarto nome? Adriano, estrela do time campeão do Flamengo? Diego Tardelli, que atingiu sua melhor forma no Atlético-MG? Alexandre Pato, que joga no time de estrelas do Milan?
No Brasil, como em outros anos, o problema atual é o excesso de boas opções para o ataque. Francamente, poucos são os nomes em discussão que me desagradam.
Na Inglaterra, o drama é o oposto. O técnico Fabio Capello não tem bons nomes para escolher. A única unanimidade no time é Wayne Rooney, do Manchester United. Hoje o principal nome para atuar ao seu lado é Jermain Defoe, do londrino Tottenham Hotspur. O jogador é o vice-artilheiro do campeonato inglês.
Depois de Rooney e Defoe, as escolhas de Capello começam a ficar muito difíceis. Um nome constante na lista de Capello é o grandalhão Peter Crouch. No entanto, o jogador está longe do seu auge na época do Liverpool (que, mesmo assim, nunca foi de encher os olhos da torcida) e sequer tem atuado como titular no Tottenham, o mesmo time de Defoe.
Os atacantes do Aston Villa - que venceu o Manchester United no fim de semana - também estão na lista de Capello. Mas Emile Heskey e Gabriel Agbonlahor ainda são tratados com desconfiança pelos torcedores e pela imprensa - Agbonlahor pela sua inexperiência e Heskey por atuações apagadas na seleção no passado. Carlton Cole, do West Ham, e Darren Bent, do inexpressivo Sunderland, correm por fora.
Com tantas opções pouco confiáveis, parte da torcida começa a pedir a presença de Michael Owen.
No começo da década, Owen era uma das grandes promessas do futebol inglês. Sua carreira acabou marcada por muitos fracassos e lesões.
Quando o Manchester United anunciou sua contratação em julho deste ano, muitos foram pegos de surpresa. Owen estava no Newcastle e poucos viam o retorno do atacante a um time de ponta europeu.
Na semana passada, Owen marcou três gols contra o Wolfsburg pela Liga dos Campeões. O "hat trick" (três gols em uma partida) despertou um debate intenso entre os colunistas. Muitos reconhecem que o jogador provavelmente não está na sua melhor forma, mas para outros sua experiência pode ser valiosa, sobretudo em momentos decisivos.
No Brasil, lembro de ter visto esse debate em outros anos. A pressão foi grande para que Romário fosse levado em 1998 e 2002. Até mesmo Ronaldo Nazário ainda possui um grupo de devotos que gostariam de vê-lo na África do Sul em 2010.
Por enquanto, Capello não se mostrou convencido, e sinalizou que não dará chances ao jogador. Pode ser que Owen não mereça uma chance mesmo. Mas ainda assim, o problema inglês precisa ser resolvido: quem merece ser levado?
dzԳáDzDeixe seu comentário
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Saíba o que esta por trás da vinda do novo tecnico
A Inglaterra pode perfeitamente jogar com apenas um homem de referencia no ataque e 3 armadores... Ou seja, só precisa de 2 atacantes para a copa. Rooney e Defoe.
(E o Agbonlahor é horrivel, um Walcott piorado, só sabe correr)