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O rato que venceu o Brasil

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Marcia Carmo | 14:52, quinta-feira, 16 julho 2009

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Hoje o assunto na Argentina não é a gripe suína que avança no país ou o desgaste político da presidente Cristina Kirchner após a derrota da lista do governo nas eleições legislativas.

O assunto aqui é a vitória do Estudiantes contra o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte, que lhe rendeu a taça de campeão da Libertadores.

O Estudiantes é conhecido aqui na Argentina como "pincha rata" ("espeta rato", que recorda sua origem humilde). A vitória do time vermelho e branco, da cidade argentina de La Plata, é a manchete dos principais jornais e 'O' tema nas emissoras de rádio, como as Diez e Mitre, e de televisão, como o canal 13 e as TVs América e C5N.

"Estudiantes se consagrou com futebol e coragem", diz o jornal °ä±ô²¹°ùí²Ô, o mais vendido do país, em sua manchete. Na chamada na primeira página, o diário destaca ainda que foi um "dois a um inesquecível". O jornal La Nación também ressaltou o resultado na capa, afirmando que o Estudiantes teve "sua noite de glória" no Brasil.

O mesmo destaque deram o Página 12 e o El Cronista, dedicado, normalmente, a assuntos de economia. Na rádio Diez, Juan Ramón Verón, pai da "brujita" ("bruxinha") Juan Sebastián Verón, por telefone: "É muito emocionante".

E quase não pode falar de emoção. "Verón ganhou e da forma mais desejada por qualquer torcedor argentino, no Brasil", escreveu o enviado especial do °ä±ô²¹°ùí²Ô à BH.

Em La Plata, a festa durou toda a madrugada e continuava nesta quinta-feira, com buzinaços, bandeiras, gritinhos de homens e mulheres nas ruas, diante das câmeras de televisão.

Torcedores do Gimnasia, adversário ferrenho do Estudiantes, em La Plata, também comemoraram: "Ganhar no Brasil e de um time brasileiro, é a glória. Hoje, todos somos platenses", disse uma jovem à TN (Todo Notícias). O comentarista esportivo da TN observou que a vitória ocorreu num estádio lotado com quase 70 mil torcedores, maioria de brasileiros. "Deixamos 70 mil pessoas mudas e no Brasil", disse outro torcedor na TV C5N, mostrando as manchetes dos jornais às câmeras.

O ex-técnico da seleção argentina, Carlos Bilardo, e atual manager desta mesma seleção azul e branco, cujo técnico é Maradona, também esteve no Mineirão. "Tudo isso me fez lembrar meus tempos de jogador. Um momento muito especial".

O Estudiantes não ganhava a Copa Libertadores desde 1970. Mas o clima entre os torcedores que viajaram para a capital mineira, em La Plata e em alguns setores da mídia argentina é quase de final de Copa do Mundo - entre Brasil e Argentina. "Manda Argentina", foi o título do °¿±ôé, o principal jornal esportivo do país. "Estudiantes ficou com a edição número 50 da Copa Libertadores e confirmou a liderança do futebol argentino no continente". O °¿±ôé parece resumir o sentimento de muitos argentinos hoje, depois do jogo de ontem, com um time brasileiro perdendo em casa.

O choro de Rubinho

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Ricardo Acampora | 15:38, segunda-feira, 13 julho 2009

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Num desabafo pouco comum nestes dias de declarações empasteladas cuidadosamente por assessores de imprensa para não desagradar patrocinadores, Rubinho Barrichello soltou o verbo no domingo depois do GP da Alemanha e culpou a sua equipe, a Brawn GP, pela perda da corrida e pelo inexpressivo sexto lugar.
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Com cuidado para não acusar a equipe de ter favorecido o companheiro/rival Jenson Button, Rubinho disse que a Brawn desperdiçou todo o esforço que fez ao tomar a ponta na largada e por lá ficar até a primeira parada para abastecimento e troca de pneus.

Na volta à pista Rubinho se viu preso atrás da Ferrari de Felipe Massa, dando a Mark Weber, da Red Bull, a oportunidade que precisava para anular a vantagem que o brasileiro tinha conseguido abrir e acabar vencendo a corrida.

Um problema técnico na mangueira de abastecimento durante o segundo pit stop fez Rubens perder segundos valiosos no box e levou a equipe a colocar menos combustível do que programado, forçando uma terceira parada.
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Ao entrar novamente no box, Barrichello já tinha Jenson Button colado no seu escapamento e o carro do brasileiro era nitidamente mais lento que do que o do companheiro. Ao voltar à pista as posições se inverteram e Rubinho passou o resto da corrida atrás de Button.

Saiu do carro furioso e ainda de cabeça quente detonou a equipe. Disse que a Brawn deu uma ótima demonstração de como perder uma corrida e que se continuassem assim iriam acabar perdendo os dois títulos.

O dono e chefão da equipe de Rubinho, Ross Brawn, disse que é muito difícil acreditar que um piloto ganhe fazendo apenas o décimo-primeiro melhor tempo do GP.
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Ross Brawn foi o chefe de estratégia da Ferrari durante os vários campeonatos conquistados por Michael Schumacher, e que tiveram Rubens Barrichello como mero e comportado coadjuvante, sem demonstrar nenhuma ambição ao título.

Será que Brawn ainda espera de Rubinho o mesmo comportamento conformado e acomodado de antes?

Os salários dos jogadores de futebol devem ser limitados?

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Ricardo Acampora | 15:41, quarta-feira, 8 julho 2009

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Pelé resolveu entrar na discussão sobre a necessidade de se impor um limite aos salários dos jogadores de futebol. O ex-jogador disse que o teto salarial evitaria os abusos e distorções que existem atualmente e que podem acabar prejudicando o esporte.

Pelé se junta assim a Sepp Blatter, o presidente da Fifa, a Michel Platini, presidente da Uefa e a vários presidentes e técnicos de clubes de diversas ligas europeias.

A divulgação dos novos salários de Kaká (9 milhões de euros, aproximadamente R$ 24 milhões) e de Cristiano Ronaldo (13 milhões de euros) voltou a aquecer o debate.
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O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez disse que dinheiro pago a craque "não é despesa, é investimento, pois eles se pagam com sobras".

E esse é exatamente o ponto central da controvérsia. Pouca gente se importa se os super craques ganham bem, eles são as estrelas maiores de um negócio cada vez mais milionário.

Mas ninguém é inocente. O valor do passe, acrescido de salários, bônus e lucro saem da receita dos clubes, o que no final das contas vale dizer que são pagos pelos torcedores, que vão aos jogos, que compram camisas e brindes, que veem as partidas pela TV, que consomem os produtos das marcas estampadas nas camisas, nas placas de publicidade dos estádios e nos comerciais de TV durante as transmissões dos jogos.

Essa é a regra do jogo.

Aqui na Inglaterra, o tema tem provocado sempre muita polêmica. Segundo pesquisas recentes, a Premier League tem a média salarial mais elevada de todos os campeonatos europeus, e quase certamente de todo o mundo, 21 mil libras por semana, ou um salário equivalente a R$ 265 mil por mês.

A folha de pagamentos do Chelsea no ano passado passou dos R$ 540 milhões.

E o fenômeno não se limita aos times de ponta. O West Ham, time aqui de Londres que terminou em nono lugar no último campeonato, gastou com salários dos jogadores e técnicos 75% de tudo o que arrecadou na temporada.

Talvez o melhor exemplo da distorção que os altos salários têm provocado se encontre no Newcastle United, que foi rebaixado para a segunda divisão.

O clube tem encontrado muita dificuldade em vender pelo menos 10 de seus jogadores que estão sendo cobiçados por outros clubes daqui e de outros países, simplesmente porque ganham salários inflacionados, que segundo o mercado, não condizem com a capacidade técnica que demonstram em campo.

Essa inflação do mercado que tanto eleva o salário do craque como o do jogador medíocre, tem aumentado constantemente o custo para o torcedor que acompanha seu time.

Segundo o jornal inglês The Guardian, nesta última temporada o custo médio para se assistir a um jogo da Premier League fora de casa, ou seja, ali incluído custo de transporte, ficou em 90 libras (quase R$ 300).

Por enquanto os números da bilheteria não têm sido afetados pelos elevados custos e os clubes ingleses ainda aparecem no alto das listas dos mais ricos do mundo.

Resta saber até quando o torcedor vai se conformar em financiar salários desproporcionais.

Mais de 40% já disseram que apoiam a introdução dos tetos salariais. Parece que o Pelé não vai ficar sozinho.

O show de Ronaldo e os ricos salários dos "pernas-de-pau" da Inglaterra

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Ricardo Acampora | 15:28, terça-feira, 7 julho 2009

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Nunca, em nenhum estádio do mundo, tantos torcedores compareceram à apresentação de um novo jogador como na segunda-feira em Madri.

Mais de oitenta mil torcedores do Real Madrid foram ao estádio Santiago Bernabéu para ver e ouvir Cristiano Ronaldo pela primeira vez com o uniforme branco que deu o apelido de merengue ao clube madrilenho.
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Ronaldo conseguiu arrastar ao estádio um público duas vezes maior do que Kaká. Bem à vontade e mostrando estar adorando toda a adulação, o craque português desfilou, deu autógrafos, fez firulas com a bola, beijou uma jornalista e comandou um coro de "Viva Madrid!"

Existe uma grande expectativa de que o time montado pelo novo presidente Florentino Pérez seja capaz de levar o Real Madrid de volta às campanhas vitoriosas do passado, principalmente com a conquista do décimo título da Champions League na história do clube.

Até porque a partida final do torneio, marcada para 22 de maio de 2010, será disputada no mesmo Santiago Bernabéu que acolheu Ronaldo tão carinhosamente.

A exigente torcida do Real não quer ficar de fora desta festa.

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Outro time que tenta reforçar o elenco para brigar em pé de igualdade com os grandes da Europa esse ano é o Manchester City de Elano e Robinho.

O clube, que pertence a bilionários príncipes árabes, vem tentando tirar do Chelsea o capitão da seleção inglesa, John Terry. O Chelsea recusou proposta de mais de R$ 120 milhões pelo passe do zagueiro, mas o City continua tentando seduzir Terry oferecendo o astronômico salário de R$ 2,8 milhões por mês. Registre-se que John Terry já tem 29 anos.
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Essa corrida pela compra de grandes jogadores acabou inflacionando os salários no futebol inglês de tal modo que alguns clubes estão agora tendo dificuldade em vender seus jogadores.

O Newcastle United, rebaixado à segunda divisão na temporada passada, tem três clubes interessados em comprar o centro-avante Obafemi Martins, mas nenhum dos três quer pagar ao nigeriano o salário de R$ 1 milhão por mês que ele ganha em Newcastle.

Para conseguir vender o atacante Michael Owen para o Manchester United o Newcastle teve que convencer o jogador a aceitar um enorme corte no salário mensal de quase R$ 1,5 milhão que recebia. Owen é o maior artilheiro da seleção inglesa em atividade.

Muita gente acha que deveria ser estipulado um teto para limitar os salários dos jogadores, porque segundo alguns comentaristas tem muito perna de pau ganhando salario de craque por aqui.

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